quarta-feira, 18 de maio de 2016

Filhos com estrangeiros



Se apaixonar pode ser relativamente fácil. Transformá-lo em amor e fazer perdurar é o mais difícil. Quando o sentimento acontece entre pessoas de nacionalidades diferentes é mais difícil ainda. Mesmo quando não há uma barreira da língua ou do país de moradia: você pode falar a língua do seu amado de forma fluente e quase natural, pode morar no mesmo país que ele, pode até morar sob o mesmo teto, ainda assim, isso pode ser um problema.

Quando se está apaixonada, não queremos pensar no que pode acontecer caso algum dia a relação não dê certo. Você tem o direito de se resguardar desses pensamentos negativos mas não pode fugir de certas decisões. Ao casar, você precisa decidir como quer partilhar seus bens, se resolveu fazer uma tatuagem com o nome do seu marido/namorado, pode ser que precise removê-la ou modificá-la, pode até precisar mudar o seu sobrenome mais uma vez…

… e quando se tem filhos? Em um processo de divórcio a questão  da guarda se resolve de forma amigável ou então na justiça. Quando a pessoa consegue separar um relacionamento homem-mulher que não deu certo de um relacionamento mãe/pai-filhos, todas as partes saem felizes. O problema mora nas armadilhas de uma separação onde os pais são de nacionalidades diferentes. Mesmo quando o fim é amigável, existe o eterno medo da fuga com a criança.

Acompanhando alguns casos de pais que são originalmente de países do oriente médio onde não existem leis que protegem mães estrangeiras cujos filhos foram sequestrados e levados para estes países, fico pensando na aflição que elas sofrem. Precisam contar com a intervenção do Itamaraty que nem sempre se envolve nestas questões. Quando o Brasil não tem um elo amigável com este país a coisa fica praticamente impossível.

Não precisamos ir para situações radicais como esta, basta olhar para casos que repercutiram nacionalmente como o processo de guarda do menino Sean (leia aqui) ou da ex-paquita Louise Wischermann (leia aqui). São casos isolados? Pode ser. Estes problemas não podem lhe impedir de viver um grande amor? Quem sabe. Mas quando esse amor arrebatador não envolve apenas sua vida, mas também a de outra pessoa é preciso pensar nos prós e contras. Não estou dizendo que sou contra relacionamentos com estrangeiros, não é isso. Só gostaria de deixar um convite a reflexão, sugerir que pense a respeito. Se valer a pena, encare o desafio e viva seu grande amor.

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